Dezembro Laranja: previna-se contra o câncer de pele e oriente seu filho

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A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) deu início, nesta terça-feira (1º), à campanha "Dezembro Laranja". A mobilização, que se estenderá até o fim do verão, terá várias ações de educação e combate ao câncer da pele.

Com a mensagem “Se exponha mas não se queime”, a campanha tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do uso de medidas fotoprotetoras contra a doença, destacando que o filtro solar não é o único cuidado contra a radiação ultravioleta.

“O conceito geral da campanha é simples e deixa claro nossa proposta de alertar e instruir a população para a adoção de um conjunto de medidas que previnam os danos relacionados ao sol em qualquer época do ano. Estamos presentes em diferentes locais, como mídia online (site, Facebook, Instagram), além de pontos de grande circulação para a disseminação da campanha”, disse o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma.

Os horários de pico da radiação UVB são das 10h às 16h. No entanto, os efeitos nocivos da luz solar ocorrem o dia todo, independentemente do tempo estar nublado.

“O uso de filtros solares, chapéus, óculos de sol, roupas apropriadas e sombras naturais, como árvores, e artificiais, como o guarda-sol, são métodos simples e eficazes para se proteger da radiação ultravioleta”, complementa o coordenador da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, Joaquim Mesquita Filho.

Durante a campanha, será exibido em cinemas de todo o país um vídeo sobre o "Dezembro Laranja". Os protagonistas "Dr. Pele" e "Dra. Pele" ressaltam a importância de medidas preventivas para tentar reverter o número expressivo de casos da doença no país.

Infância

A ação, que completa sete anos em 2020, será feita exclusivamente no formato digital e em todos os canais de comunicação da SBD. O tema escolhido enfatiza que câncer da pele é coisa séria e que a conscientização deve começar na infância.

Este ano, crianças e adolescentes são porta-vozes para abordar o tema de forma didática e descomplicada, mostrando a importância de não subestimar a doença e de levar em consideração medidas de fotoproteção desde a infância.

Conversar com seus filhos, sobrinhos, netos, crianças e adolescentes sobre medidas para evitar exposição solar desprotegida e prevenir as queimaduras solares na infância é essencial para a prevenção da doença no futuro.

“É na infância que os conceitos da vida são fixados. Ensine-os a se prevenir dos danos solares desde cedo e, quando adultos, manterão os mesmos hábitos, evitando um possível surgimento da doença”, enfatiza Dr. Sergio Palma.

A campanha de 2020 destaca, ainda, que os hábitos de exposição solar na infância são capazes de influenciar tanto no envelhecimento quanto no desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, é importante que os pequenos tenham conhecimento, desde cedo, da necessidade de cuidar da pele a partir de hábitos de fotoproteção, que incluem usar de óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus, preferir a sombra, evitar a exposição solar entre 9h e 15h e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água.

Dados preocupantes

Os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2020 doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os carcinomas basocelular e espinocelular (não melanoma) responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Já o câncer de pele melanoma tem 8,4 mil casos novos anualmente.

“Os números de incidência do câncer de pele são maiores do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago. Na campanha deste ano, queremos compartilhar conteúdo que seja útil às pessoas, de acordo com as peculiaridades e necessidades de cada uma, para isso contaremos com a participação e o engajamento dos médicos dermatologistas, que também fazem a diferença na hora de passar a informação segura”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sérgio Palma.

Fatores de risco

A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, são os principais fatores de risco do câncer de pele. Segundo o coordenador do #DezembroLaranja, Elimar Gomes, “qualquer um de nós pode desenvolver um câncer de pele, porém existem pessoas mais propensas como as de pele, cabelos e olhos claros; indivíduos com histórico familiar de câncer de pele; múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados. Estas pessoas precisam de um cuidado a mais com a pele e de avaliação frequente de um médico dermatologista”.

Prevenção

É preciso prestar a atenção em pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam pois podem revelar o câncer de pele. “O autoexame frequente facilita o diagnóstico e tratamento precoces. Ao notar algum dos sintomas, procure um médico especialista em dermatologia da SBD”, orienta Elimar Gomes.

A coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, Jade Cury Martins, dá outras dicas de diagnóstico e prevenção ao câncer de pele: “É importante que se examine familiares, pois muitas vezes os cânceres podem aparecer em regiões em que não é possível reconhecer sozinho.

Além disso, sempre que for necessário se expor ao sol, não esqueça de proteger as áreas descobertas do corpo, mesmo em dias frios e nublados”. E lembre-se: o autoexame não substitui a ida ao médico dermatologista.

A doença

O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

Tipos mais comuns de câncer de pele

- Carcinoma basocelular: É o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos casos. Se manifesta por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas, que crescem lentamente e sangram com facilidade.

- Carcinoma espinocelular: É o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Geralmente causam dor e possuem sangramentos.

- Câncer de pele melanoma: Apesar de corresponder a apenas cerca de 10% dos casos, é o mais grave, pois pode provocar metástase rapidamente – espalhamento do tumor para outros órgãos do corpo humano – e levar à morte. É conhecido por pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato rapidamente. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.

Fonte: Imprensa do Sindicato, com informações da SBD.

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