Em meio aos rios Pará e São Francisco, vigilante se divide entre a tranquilidade e trilhas de Martinho Campos

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O vigilante Denisélder Silva, 43, anos, nasceu e vive em Martinho Campos, cidade do Centro-Oeste mineiro distante a cerca de 200 quilômetros da capital. Com população entre 13 e 15 mil habitantes, há quem diga que o município é maior do que 25 países.

Independentemente da grande extensão territorial (1.060 km²), para Denisélder, é a melhor cidade que existe, lugar onde constituiu sua família e vive com a esposa e três filhos, de 10, 15 e 21 anos.

"Para a cidade ficar perfeita, precisaria apenas ter uma faculdade. Digo que quero ser enterrado na cidade. Aqui é muito bom, tranquilo, não precisamos nos  locomover, todo mundo conhece todo mundo. Nunca pensei em sair daqui", diz.

Banhado pelos rios Pará e São Francisco, Martinho Campos é um verdadeiro paraíso para quem busca desestressar e pescar. Mas, curiosamente, o que Denisélder mais gosta de fazer nas horas vagas é pedalar. "Gosto de fazer trilhas na beira do rio e pela região de mountain bike". Há 7 anos, ele integra a equipe Snake Bikers.

Trabalho

Funcionário da Essencial Vigilância, há 18 anos presta serviços na mesma agência bancária da cidade. "Sempre tive um bom relacionamento com os colegas, gerentes".

Durante esses  anos, ele passou pela CJF, Ronda, Uniserv e Esparta. Antes de ser profissional de segurança, foi trocador de ônibus, da linha Divinópolis/Martinho Campos, na Viação Oeste de Minas; e trabalhou em um posto de combustíveis, como frentista.

A tranquilidade da cidade e a rotina no trabalho mudaram um pouco nos últimos meses, desde que dezenas de casos suspeitos de novo coronavírus (Covid 19) surgiram em Martinho Campos. "Muitos não acreditavam, mas o falecimento de um farmacêutico conhecido surpreendeu e mexeu com todos", conta o vigilante.

A preocupação logo se transformou em ação e cuidados. "Tivemos que adotar  medidas determinadas pelos decretos dos governos, como usar álcool em gel e máscara, limitar a entrada de clientes por vez na agência. Isso gerou filas, mas tentamos atender a todos da melhor forma, repassando muitas informações".

Em casa, a família também precisou se adaptar. "Estamos respeitando a quarentena, saindo apenas em caso de necessidade e para trabalhar, sempre tomando os devidos cuidados. Temos que nos prevenir, pois no trabalho acabamos tendo contato com muitas pessoas".

Mesmo com a epidemia se espalhando por todo o país, chegando aos lugares mais distantes, o vigilante acredita que tudo isso passar.  "Logo a vida vai voltar ao normal. É preciso se prevenir, seguir as orientações dos órgãos competentes da Saúde, ter fé e colocar nas mãos de Deus. Lá de cima, ele está olhando por nós".

Voz do trabalhador

Associado do Sindicato há mais de dez anos, ele lembra que teve o primeiro contato com a entidade durante um curso de reciclagem, na capital. "Na época, conheci diretores do Sindicato, me informei sobre o trabalho da entidade e decidi filiar. Desde então, mantenho contato com a diretoria e sempre que preciso de alguma informação ou ajuda me auxiliam, como ocorreu no acerto da Ronda e Uniserv".

Para ele, o Sindicato é a voz do trabalhador. "É o Sindicato que tem força para negociar com os patrões. Por isso, precisamos nos unir e fortalecer o Sindicato. Quando precisarmos, não vai ser o amigo, advogado ou associação que vai nos defender. Na hora de negociar a Convenção Coletiva, de lutar por nós, não tem outro. É o Sindicato que pode nos ajudar e intervir por nós", defende.

Homenagem

Com essa matéria, o Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais chega à  terceira edição da série de reportagens "História de cada um" - os primeiros textos podem ser lidos aqui no site do Sindicato e na página da entidade no Facebook. 

O objetivo é homenagear os profissionais de segurança privada, contando suas histórias, como têm vivido, especialmente nesses tempos de pandemia; onde trabalham, quais suas aspirações e sonhos.

Em Minas, são mais de 50 mil vigilantes. Muitos dos quais trabalham em locais de grande circulação de pessoas, na linha de frente na luta contra o novo coronavírus.

A todos os vigilantes - provedores/provedoras, filhos/filhas, maridos/esposas, pais/mães, irmãos/irmãs, amigos/amigas, colegas de trabalho, verdadeiros guerreiros/guerreiras, heróis/heroínas - nosso respeito e consideração.

Fonte: Imprensa do Sindicato.

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