História de cada um: casal de vigilantes de Teófilo Otoni une forças na vida e na profissão

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Os vigilantes Marilene Francisca de Oliveira Lourenço, 44 anos, e Luciano Ferreira Lourenço, 43 (fotos), nasceram e cresceram em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.

Na adolescência seus destinos se cruzaram. "Nos conhecemos na escola, na  oitava série, e começamos a namorar em 1992. Ele tinha 16 anos, era guarda mirim, e eu 17, trabalhava numa casa de família, onde fazia de tudo: era babá, lavava, passava e cozinhava", lembra Marilene.

Durante o namoro, Marilene engravidou e, alguns anos depois, o casal passou a viver junto. Da união, oficializada em 2008, nasceram seus dois filhos, uma moça hoje com 26 anos, auxiliar administrativo, e um rapaz de 19, operador de caixa.

"São 27 anos de união, tanto em casa quanto no trabalho. Ao longo desses anos, trabalhamos juntos em um restaurante, numa loja de calçados e como vigilantes, em uma mesma agência da Caixa", explica Luciano. "Deus é tão bom que nos abriu não apenas uma porta, mas várias", acrescenta Marilene.

Mudança de vida

Ela ingressou primeiro na segurança privada, em 2012. "Em uma viagem a Governador Valadares, um conhecido me ofereceu a primeira oportunidade de trabalho como vigilante. Fiz o curso e fui contratada pela Esquadra, indo  trabalhar na Caixa, na agência 'Vale do Mucuri', onde estou há sete anos e sete meses, agora pela Esparta", relata.

Um ano depois, Luciano fez o curso de vigilante e também foi contratado pela Esquadra, prestando serviços no mesmo banco, na agência que leva o nome da cidade. "Estou na Caixa há seis anos e 6 meses, hoje também pela Esparta".

Para Marilene, a profissão mudou a vida do casal. "Foi um presente de Deus. O trabalho de vigilante melhorou nossa vida em tudo".

Cumplicidade

O segredo para administrar bem a relação marido-mulher e a vida profissional é não levar problemas para casa. "Como trabalhamos na mesma área, vez ou outra conversamos sobre questões de trabalho, mas evitamos ao máximo absorver problemas. O que acontece no trabalho fica no trabalho", ensina Luciano.

Nas folgas do trabalho, o casal se dedica às obras da Segunda Igreja Presbiteriana do Brasil em Teófilo Otoni, congregação na qual Luciano é presbítero. Sempre que possível, o casal também aproveita para viajar e visitar parentes e amigos.

Representação

Associados do Sindicato, Marilene e Luciano também costumam participar das reuniões e assembleias promovidas pela entidade em Teófilo Otoni. "É importante interagir com a diretoria do Sindicato e colegas de profissão. O Sindicato é o representante da nossa categoria e, se algo ocorrer, é o Sindicato que vai nos socorrer", defende o vigilante.

Pandemia

A pandemia do novo coronavírus (Covid 19) modificou a rotina de Marilene e Luciano. No trabalho, ambos passaram a adotar protocolos para se evitar o contágio, tanto deles próprios quanto dos colegas de trabalho e usuários das agências bancárias em que prestam serviços.

"Passamos a ter mais cuidado com a saúde, a usar máscara de proteção, luvas, álcool em gel. Também mantemos uma distância maior dos usuários e orientamos a todos sobre as novas regras. Como estamos na linha de frente, nós, vigilantes, somos os primeiros a serem procurados pelas pessoas para prestar alguma informação. Isso faz com que fiquemos muito expostos", diz Luciano.

Desde que o banco passou a fazer o pagamento do auxílio emergencial concedido pelo governo por conta da pandemia, em abril, Luciano tem trabalhado 11 horas e meia por dia, inclusive em dois sábados por mês. "Pela profissão, o risco é inevitável. Mas, não tenho medo de me contaminar, temo pela minha família e pelos meus pais, que são idosos".

Como o marido, Marilene também diz não temer a doença, mas tem tomado todos os cuidados possíveis para preservar a saúde da família e de seus pais, que também são do grupo de risco. Para ela, a pandemia vai passar. "Temos que orar e pedir a Deus para nos livrar desse mal".

Capital das pedras preciosas

Para quem ainda não conhece Teófilo Otoni, o casal lembra que a cidade é a capital mundial das pedras preciosas e tem entre seus principais pontos turísticos a Praça Tiradentes, no centro, que abriga vários bichos-preguiça; e a feira coberta do bairro Bela Vista, onde se pode apreciar uma saborosa carne de sol no tradicional Restaurante Pinguins.

Mensagens

No final da entrevista, Marilene e Luciano deixaram, cada qual, uma mensagem aos vigilantes: "Desejo que as mulheres tenham mais oportunidades de trabalho na profissão. Ainda somos poucas, mas temos condições de representar bem a nossa categoria", disse Marilene. "Que Deus nos proteja, livre e guarde de todo mal", concluiu Luciano.

Homenagem

Com mais essa reportagem da série "História de cada um", iniciativa do Departamento de Imprensa, o Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais homenageia o casal Marilene e Luciano e todos os profissionais de segurança privada.

Confira as outras história da série aqui no site ou visite o Facebook do Sindicato.

Fonte: Imprensa do Sindicato.

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