Reforma da Previdência tem o objetivo de desconstruir a proteção social e jogar a velhice na miséria, afirmam em nota as centrais sindicais

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As centrais sindicais divulgaram uma nota conjunta a respeito do relatório sobre a reforma da Previdência, cuja admissibilidade deverá ser votada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (16).

Assinam o documento a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Nova Central Sindical.

Para as centrais, a “nova Previdência” vai exatamente desconstruir a proteção social e jogar a velhice na miséria. "Não temos dúvida que a retirada de direitos históricos dos trabalhadores e trabalhadoras do País é o objetivo deste governo. É inadmissível que os trabalhadores e trabalhadoras tenham de trabalhar e contribuir por 40 anos para ter acesso à aposentadoria integral; que professores e professoras tenham de trabalhar até os 60 anos; que os Benefícios de Prestação Continuada (BPC) sejam reduzidos a R$ 400,00 até os 65 anos de idade; que homens e mulheres do campo tenham acesso dificultado e se aposentem com a mesma idade; e é cruel a redução das pensões por morte, que atingem principalmente as famílias pobres", diz a nota.

De acordo com as centrais, estes são apenas alguns exemplos dos enormes prejuízos que a pretensa reforma vai trazer para os trabalhadores e trabalhadoras e também à população carente do Brasil. Elas lembram que, enquanto isto, grandes empresas, bancos e milionários acumulam dívidas de quase R$ 400 bilhões, que não são cobradas, e que o governo deixa de arrecadar quase R$ 300 bilhões em desonerações.

"A verdadeira intenção desta reforma é acabar com o atual Sistema Previdenciário e de Seguridade Social para entregar aos banqueiros, por meio de um sistema de capitalização privado, sem contribuição dos empregadores e do Estado, que vão administrar a poupança dos trabalhadores e trabalhadoras e lucrar bilhões com a especulação no mercado financeiro, enquanto os trabalhadores e trabalhadoras terão os valores de suas aposentadorias reduzidos e o seu acesso cada vez mais dificultado", ressaltam.

As centrais sindicais não aceitam o regime de capitalização que, como aconteceu em outros países, vai jogar milhões na miséria. Não aceitam, também, a retirada dos direitos.

"Nossa luta é por uma Previdência Social Pública, universal e solidária, com um piso não inferior a um salário mínimo, que amplie a proteção social e os direitos. Por isto, estamos mobilizando os trabalhadores e trabalhadoras nos locais de trabalho, nos municípios e nas comunidades, para lutarem contra esta nefasta proposta de reforma da Previdência", afirmam as entidades.

As centrais estão realizando um abaixo-assinado para colher milhões de assinaturas contra a reforma, a ser entregue aos parlamentares. No dia 1º de maio, será realizado um ato unitário e nacional, com todas as centrais sindicais, onde serão anunciadas as próximas etapas desta luta.

Fonte: Portal CTB.

 

 

 

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