Retomada econômica deve estar em sintonia com a guerra ao coronavírus, diz presidente da CTB

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A pandemia do novo coronavírus (Covid 19) agravou a crise econômica e política que tem afligido o Brasil ao longo dos últimos anos. Indicador divulgado recentemente pelo IBGE sugere que a economia já está em profunda recessão. Segundo o órgão, o setor de serviços, que responde a cerca de 70% da ocupação do PIB brasileiro, amargou uma queda inédita de 6,9% em março.

“A crise é mais grave do que se imagina e, certamente, será a maior da nossa história. Estima-se que o desemprego direto poderá atingir cerca de 20 milhões de Trabalhadores e trabalhadoras até o final desse ano”, calcula o presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo (foto), em entrevista divulgada nesta quarta-feira (20), no portal da entidade na internet (www.ctb.org.br).

Segundo ele, o cenário social, que já era crítico antes da pandemia, ficará ainda mais “triste e sinistro” quando a crise sanitária chegar ao fim. “Estamos a caminho de uma imensa tragédia nacional (...). Presenciamos o crescimento das pressões pelo fim do isolamento social por parte do presidente Jair Bolsonaro e setores das classes dominantes. O pretexto é salvar a economia e preservar empregos. Não podemos concordar com isso, no momento em que cresce de forma vertiginosa o número de óbitos decorrentes da pandemia”.

De acordo com o dirigente da Central, a  CTB continua defendendo a quarentena em larga escala, inclusive, com a ampliação do isolamento, quando necessário, e funcionamento apenas das atividades realmente essenciais e daquelas que podem ser realizadas em casa.

“Isso não significa que desprezamos a crise econômica e a necessidade de retomada do crescimento da produção o mais rápido possível. Pelo contrário, devemos lutar desde já pela concretização de uma política econômica que promova um forte crescimento das forças produtivas. Temos consciência de que isso pode e deve ser feito em sintonia com a guerra ao novo coronavírus e às orientações aceitadas pela OMS. Sem, portanto, sacrificar vidas”.

Ele também defende a imediata revogação da Emenda Constitucional 95, que estabeleceu o congelamento dos investimentos públicos, e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira o vídeo do depoimento do presidente da CTB na TV O Vigilante, aqui no site do Sindicato.

Fonte: Imprensa do Sindicato, com informações do Portal CTB.

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