Compartilhe:
O governo federal criou um grupo de trabalho, com ministros, desembargadores e juízes, para propor nova rodada de mudanças nas leis trabalhistas.
O objetivo é fazer novas mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), flexibilizando e extinguindo direitos, e dividir a classe trabalhadora e o movimento sindical, demolindo o Artigo 8º da Constituição para acabar com a Unicidade Sindical e impor o pluralismo, permitindo mais de uma entidade representando uma mesma base e até a constituição de sindicatos por empresas.
A intenção é aprofundar a reforma de Temer, o que vai se traduzir em novos retrocessos para a classe trabalhadora. Vale lembrar que a reforma trabalhista está em vigor desde novembro de 2017. De lá para cá, não conseguiu ampliar a oferta de novas vagas, como prometeram seus defensores.
O presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, diz não ter dúvidas de que, a pretexto de modernizar a estrutura sindical e aumentar a representatividade das organizações da classe trabalhadora, o governo Bolsonaro pretende dividir e fragilizar ainda mais o movimento sindical brasileiro.
Para ele, trata-se de um novo golpe no sindicalismo, que tem o mesmo sentido político da extinção da Contribuição Sindical, imposta pela reforma trabalhista, e da MP 873, cuja finalidade era o estrangulamento financeiro dos sindicatos.
“Enfraquecer as organizações sindicais é parte essencial da estratégia das classes dominantes para aplastar a resistência ao retrocesso e facilitar a empreitada golpista de restauração neoliberal. O golpe de 2016 foi fundamentalmente um golpe do capital contra o trabalho claramente ofensivo à soberania nacional e à democracia. O fim da unicidade sindical é um novo capítulo do golpe anunciado na sequência da reforma trabalhista, do congelamento dos gastos públicos e da reforma da Previdência, que ainda tramita no Senado”, alerta.
Fonte: Imprensa do Sindicato, com informações do Portal CTB.