Sem tempo ruim: vigilante de Passos se vira nos 30 para garantir a sobrevivência

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Com o vigilante Florisvaldo Braz da Silva, 49 anos, não tem tempo ruim. Desde cedo, ele tem se "virado nos 30", como diz o dito popular, para garantir a sobrevivência. Ao contar a história de vida do vigilante de Passos, o Sindicato presta-lhe uma homenagem, extensiva a todos os guerreiros e guerreiras da categoria. Acompanhe:

Casado, pai de três filhos, de 16, 28 e 30 anos, e avô de dois netos, Florisvaldo passou a infância e a adolescência entre as zonas rural e urbana de sua terra natal, entre períodos com os pais e com os avós maternos.

De família numerosa - eram cinco irmãos, começou a trabalhar ainda jovem, aos 14 anos, no campo. Dois anos depois, conseguiu emprego em um supermercado da cidade, onde foi embalador e repositor.

No comércio, conheceu a então futura esposa. Com 18 anos, ingressou no Exército, servindo no Tiro de Guerra (TG) 04014, no próprio município, onde passou seis meses. Ao mesmo tempo, continuou no mercado: "ganhava mais".

Em 1991, prestes a completar 20 anos, Florisvaldo casou-se. "Estou fazendo 29 anos de casado", diz.

Na época, foi trabalhar na Usina Açucareira Passos, na Fazenda Soledade, onde permaneceu durante um ano. Logo depois, virou açougueiro, ficando um ano no emprego, e regressou à usina. Novamente, trabalhou no açougue, onde ficou por mais dois anos, e voltou à açucareira. No total, foram 14 anos como açougueiro.

Entre os anos de 2000 e 2002, manteve o próprio negócio: uma mercearia. Com o fechamento da empresa, voltou a morar na zona rural, trabalhando em um pesque-pague por 12 meses.

Vigilância

Após múltiplas atividades, em março de 2005, Florisvaldo decidiu dar uma  guinada na vida profissional e ingressou na Escola Paulista de Formação e Especialização de Vigilantes, em Campinas (SP).

Em agosto daquele ano, conseguiu o primeiro emprego de vigilante, no Banco do Brasil, onde está até hoje, trabalhando para a Ronda, Confederal (Protex), Esparta, Esquadra e Essencial.

Ao longo dos anos, nas horas vagas, também prestou serviços freelancer de  garçom, churrasqueiro e segurança de eventos. Atualmente, nos finais de semana, ainda dá uma força para a esposa, que mantém um delivery de pizzas.

Pandemia

Com relação ao novo coronavírus (Covid 19), o vigilante se diz preocupado. "Na agência em que trabalho, cinco pessoas testaram positivo. Na cidade, que tem em torno de 115 mil habitantes, já são centenas de casos confirmados. Isso nos deixa apreensivos, pois temos criança em casa", diz.

Caça e pesca

Nas folgas, Florisvaldo gosta de caçar javali na região e de praticar pesca subaquática no Rio Grande. "Tudo legalizado pelo Ibama". Ele também planeja conhecer o pantanal mato-grossense.

Representatividade

Filiado ao Sindicato há quatro anos, o vigilante defende a manutenção da entidade. "Nós, trabalhadores, não temos como fazer reivindicações diretamente aos patrões. O Sindicato tem esse papel e faz isso para a gente. Graças ao Sindicato, hoje temos planos de saúde e odontológico e uma série de direitos. Por isso, sou associado e sempre participo das reuniões e assembleias".

Mar de Minas

Localizado na região Sudoeste do Estado, Passos fica a cerca de 30 quilômetros do lago  de Furnas, o "mar de Minas". "A região tem belas cachoeiras e é boa para passeios de lancha", sugere Florisvaldo.

Valeu

Com essa homenagem, o Sindicato encerra a temporada da série de reportagens "História de cada um", iniciativa do Departamento de Imprensa, que contou histórias de trabalhadores e trabalhadoras de cidades de diversas regiões de Minas.

"A todos e todas que se dispuseram a contar suas trajetórias, dividir com a gente suas experiências de vida, trabalho, sonhos e aspirações, nosso muito obrigado", agradece o diretor de Imprensa, Afonso Nonato.

Se você perdeu alguma das homenagens ou quer revisitar as reportagens, acesse o Facebook ou o site do Sindicato: www.ovigilante.org.br.

Fonte: Imprensa do Sindicato.

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