Sindicato lamenta explosão em Ipatinga que deixou 34 trabalhadores da Usiminas feridos

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O Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais lamenta a explosão em um gasômetro da siderúrgica Usiminas, em Ipatinga, no Vale do Aço, no início da tarde desta sexta-feira (10), que feriu ao menos 34 trabalhadores, e se solidariza com as vítimas.

Ao mesmo tempo, a direção da entidade cobra da empresa o devido atendimento aos trabalhadores vítimas da explosão de forma a garantir-lhes toda assistência necessária para que tenham sua saúde restabelecida e assegurados todos os seus direitos trabalhistas.

Para a diretoria do Sindicato, cabe à autoridades competentes a apuração imediata das causas do incidente e a exemplar responsabilização, para que fatos como este não voltem a ocorrer e os empregados da empresa possam trabalhar em segurança.

Pânico

O incidente aconteceu por volta das 12h40, quando a fábrica estava em horário de almoço. Segundo o diretor do Sindicato em Ipatinga Samuel Carlos Loures, a explosão criou um grande temor na cidade, fazendo com que as pessoas corressem de um lado para outro sem saber o que fazer.

"A sensação era de pânico. De uma hora pra outra, os comércios e bancos foram fechando e dispensando os trabalhadores", relatou o diretor do Sindicato, que mora em um bairro vizinho à Usiminas, mas na hora da explosão estava na subsede, no centro.

Em busca de informações sobre os vigilantes que trabalham na empresa, Samuel se dirigiu à siderúrgica. "Percorri todas as portarias da fábrica em busca de informação sobre os vigilantes. Também entrei em contato com a G4S Vigilância, tomadora do serviço, e a informação é de que, felizmente, nenhum vigilante foi atingido", relatou.

De acordo com Samuel, a explosão foi sentida em toda a cidade, quebrando vidros de lojas, prédios públicos, como a Prefeitura e a Câmara Municipal, e até de uma igreja. A subsede do Sindicato, que fica a cerca de 400 metros da área da Usiminas e a aproximadamente 4 quilômetros de distância do local onde o gasômetro está instalado, não foi afetada. "Prédios vizinhos tiveram suas vidraças destruídas, mas, felizmente, nossa subsede não sofreu danos".

Socorro

Segundo a Usiminas, a siderúrgica foi evacuada rapidamente e brigadistas encaminharam as vítimas para o Hospital Márcio Cunha. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o estado de saúde dos atendidos não é grave e alguns deles já teriam recebido alta.

Dentre as pessoas conduzidas ao hospital, uma sofreu um corte na face, decorrente de um estilhaço que foi lançado, e as demais tiveram tonturas ou mal súbito decorrentes da situação de pânico ou inalação de gás. Todas as vítimas prestavam serviço ou eram funcionários da empresa.

As causas da explosão ainda estão sendo investigadas. O tanque reservatório da siderúrgica continha uma mistura de gases utilizada na produção de aço. O gás que estava no tanque é chamado de LDG (Linz Donawitz Gás), conhecido anda como gás de aciaria, cujo principal componente é o monóxido de carbono.

Na usina, há dois reservatórios idênticos ao que explodiu. Eles ficam a aproximadamente 100 metros do tanque. A empresa, de acordo com os Bombeiros, já tomou medidas preventivas evitar novos incidentes.

Estrondo

O impacto da explosão foi sentido em vários bairros da cidade, assustando os moradores. A fumaça espelida pelo rompimento do gasômetro pôde ser vista de diferentes pontos - a Usiminas fica na região central da cidade e ocupa diversos bairros.

Segundo reportagem do Portal UAI, "moradores chegaram a relatar tremores em pontos da cidade e disseram ter a impressão que estavam em meio ao um terremoto".

De acordo com Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB) mostram que realmente a terra tremeu na cidade. Mesmo não sendo um terremoto, o tremor teve intensidade de 1.86 na Escala Richter. Valor considerado de magnitude pequena.

Após a explosão, a empresa foi evacuada e somente no final da tarde é que os trabalhadores de outros setores da fábrica puderam entrar nas áreas não atingidas.

O incidente ocorreu um dia depois da morte de um funcionário da empresa que realizava manutenção em um equipamento.

O local continua sendo monitorado. ?Não há vazamento de gás no local e várias medições de equipes do CBMMG com aparelhos específicos para leitura de gases já foram feitas, comprovando a segurança do local e não havendo a necessidade de evacuação dos bairros próximos. O CBMMG, juntamente com a equipe de brigadistas do local, realizou o resfriamento e inertização de todas as estruturas próximas a explosão?, disse os Bombeiros.

Em visita às vítimas no Hospital Márcio Cunha, o prefeito do município, Nardyello Rocha (MDB), garantiu que a qualidade do ar em Ipatinga não foi afetada pelo gás.

Fonte: Imprensa do Sindicato, com informações do Portal UAI.

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