Violência nas escolas estaduais aumenta após demissões de vigilantes feitas pelo governo Zema

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De janeiro a junho deste ano, os órgãos de segurança foram acionados 10.134 vezes para registrar crimes como furtos, ameaças e agressões em instituições de ensino do Estado, o que corresponde a uma média de 56 casos por dia.

Os dados, apurados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), foram divulgados recentemente pelo jornal O Tempo. De acordo com o levantamento, o número é 6,3% maior do que o computado no mesmo período de 2018.

"Além de danos ao patrimônio, nos casos de invasão de criminosos nas escolas, a hostilidade e o desrespeito levam medo à comunidade escolar e desestimulam professores", diz a reportagem.

A matéria informa, ainda, que, na tentativa de frear o problema, o governo do Estado sancionou, no fim de julho, a Lei 23.366, que institui uma política estadual de promoção da paz nas escolas, com diretrizes para prevenção e enfrentamento da violência.

Contradição

Contraditoriamente, o governo de Romeu Zema (Novo) é o mesmo que decidiu dispensar 653 vigilantes que faziam a segurança em dezenas de escolas da rede estadual de ensino.

Na ocasião, o Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais já constatava o aumento da violência e da criminalidade nas escolas e protestou contra a medida, exigindo do governo a manutenção dos vigilantes na rede estadual de ensino.

Nesse sentido, o Sindicato também realizou reuniões com os trabalhadores, participou de audiências públicas sobre a situação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), se reuniu com parlamentares, como o senador Rodrigo Pacheco (DEM), e com o chefe de Gabinete do governador, Gustavo Henrique Vieira, e realizou uma grande manifestação na Cidade Administrativa (fotos), que contou com a participação de dezenas de vigilantes.

Retrocesso

Mesmo com os apelos da direção da entidade, o governo estadual se manteve irredutível e manteve sua decisão, colocando no olho da rua centenas de pais de família e, consequentemente, deixando desasistidas inúmeras escolas e milhares de educadores e estudantes.

Para o presidente do Sindicato, Edilson Silva, o aumento da violência nas escolas não surpreende e boa parte dos casos poderia ter sido evitada. Segundo ele, mesmo diante da crise financeira alegada, o governo estadual deveria priorizar a segurança nas escolas.

"Os números apontados agora pela pesquisa mostram que o Sindicato estava certo e que, ao invés de acabar com a vigilância nas escolas estaduais, o governo deveria é aumentar o número de vigilantes, e não retirá-los. Com essa medida, o governo demonstrou total falta de percepção da realidade sobre a violência nas escolas, deixando educadores e estudantes praticamente sem segurança. Por isso, insistimos para que o governador reveja essa decisão e retome a vigilância nas escolas, com um número ainda maior de vigilantes e melhores condições de trabalho para que possam prestar um serviço de vigilância ainda melhor nas escolas estaduais", diz Silva.

Fonte: Imprensa do Sindicato.

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