CONVENÇÃO COLETIVA INÉDITA PARA VIGILÂNCIA ELETRÔNICA GARANTE SALÁRIOS E DIREITOS ESPECÍFICOS EM MG

Pela primeira vez em Minas Gerais, os trabalhadores da segurança eletrônica passam a ter uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) exclusiva, assinada pelo Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais.

A conquista inédita estabelece pisos salariais por função, amplia direitos e define regras específicas para quem atua com monitoramento remoto, circuito fechado de televisão (CFTV), alarmes, rondas por aplicativo, instalação e manutenção de sistemas.

Até então, esses profissionais eram incluídos de forma genérica na convenção da segurança patrimonial. Agora, contam com normas próprias e válidas em todo o estado, garantindo maior valorização para uma categoria em crescimento constante.

Quem quiser conferir a primeira Convenção Coletiva de Trabalho para a Vigilância Eletrônica em Minas Gerais na íntegra, pode baixar o documento aqui mesmo no site do Sindicato (no menu "Convenção Coletiva").

QUEM ESTÁ INCLUÍDO

A nova CCT abrange todos os trabalhadores contratados por empresas de segurança eletrônica e monitoramento, como:

  • Operadores e monitores de sistemas;
  • Técnicos, auxiliares e montadores;
  • Supervisores e inspetores;
  • Consultores administrativos e de negócios;
  • Motoqueiros vistoriadores;
  • Técnicos de nível superior ou com registro no CREA.

Segundo o Sindicato, esse reconhecimento representa um avanço histórico para um segmento que lida diariamente com tecnologia e proteção, mas que até hoje não tinha sua atuação regulamentada de forma específica.

PISOS SALARIAIS

Os salários mínimos foram estabelecidos conforme a função e o grau técnico. Entre os exemplos:

Função Piso Mensal
Operador ou monitor R$ 1.762,97
Técnico de sistemas R$ 1.788,90
Auxiliar de técnico R$ 1.638,88
Supervisor de monitoramento R$ 2.373,95
Técnico com curso superior ou CREA R$ 2.767,34
Motoqueiro vistoriador R$ 1.623,94, acrescido de 30% de periculosidade.

Todos os pisos foram fixados com base em uma jornada de 220 horas mensais, conforme o Estatuto da Segurança Privada (Lei nº 14.967/2024).

BENEFÍCIOS

Além dos pisos salariais, os trabalhadores conquistaram:

  • Vale-refeição de R$ 26,77 por dia;
  • Cartão cesta básica de R$ 202,67 mensais;
  • Plano odontológico gratuito;
  • Seguro de vida com cobertura mínima de R$ 18.908,94;
  • Vale-transporte;
  • Adicional noturno de 40%;
  • Hora extra com acréscimo de 50%;
  • Tempo de troca de uniforme de até 15 minutos sem contar na jornada.

A maior parte desses benefícios passou a valer a partir de 1º de outubro de 2025, com vigência até 31 de julho de 2026.

JORNADA E ESCALAS

A convenção prevê jornada padrão de 44 horas semanais ou 220 mensais, mas reconhece também o sistema 12x36, já consolidado em várias empresas do setor. O texto ainda regulamenta intervalos para refeição, banco de horas, revezamentos e troca de uniforme.

DESAFIOS E MOBILIZAÇÃO

Embora represente um avanço, o Sindicato ressalta que ainda existem desafios para ampliar a valorização dos profissionais da segurança eletrônica. A CCT cria uma base legal específica que agora pode ser defendida e fiscalizada pelo movimento sindical.

“O fundamental é que os trabalhadores tenham consciência de que essa convenção é um direito conquistado. Se a empresa não cumprir os pisos ou benefícios, o trabalhador deve procurar imediatamente o Sindicato”, destaca o presidente do Sindicato, Edilson Silva.


DATA: 27/11/2025
FONTE: Imprensa do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais

Sindicato dos Empregados das Empresas de Segurança e Vigilância do Estado de Minas Gerais
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