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Desde o início das negociações da Campanha Salarial dos Vigilantes de Minas Gerais de 2022, os patrões vêm insistindo na flexibilização e retirada de diversos direitos estabelecidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, ignorando o trabalho exemplar e a dedicação dos vigilantes durante a pandemia.
“Logo na primeira negociação, os patrões tentaram impor sua própria pauta e vieram com a choradeira de sempre, de que não tiveram lucro no último ano. Entendemos que a pandemia não foi desastrosa para o setor e que as propostas da patronal ferem direitos históricos dos trabalhadores, como a cesta básica. Também já vieram com a ideia de implementar na Convenção, a jornada de trabalho intermitente”, critica o presidente do Sindicato, Edilson Silva.
Segundo ele, essa tentativa dos patrões de inverter a lógica da Campanha Salarial é inaceitável. “Reafirmamos que a Campanha Salarial é dos trabalhadores! Devemos debater a nossa pauta de reivindicações, garantir o reajuste dos salários e benefícios, os direitos conquistados e avançar nas conquistas”, disse.
Com a pressão do Sindicato e das demais entidades representativas dos trabalhadores que integram a Campanha Salarial, na reunião de negociação do dia 17/11 (foto), os patrões assumiram o compromisso de apresentar uma contraproposta à pauta de reivindicações dos vigilantes na reunião seguinte. No entanto, nas véspera do encontro, agendado para o dia 24, a patronal cancelou a reunião sem qualquer justificativa.
A Campanha Salarial dos Vigilantes de Minas Gerais teve início no dia 28 de outubro, com a entrega das reivindicações à representação patronal. A data-base da categoria é 1º de janeiro.
A pauta foi elaborada com base na atual CCT e em sugestões enviadas por trabalhadores pessoalmente, por telefone e por meio das redes sociais das entidades participantes, e aprovada pela categoria em assembleia virtual realizada pelo Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, no dia 19 de outubro. Do total de trabalhadores que participaram do referendo, 97% aprovaram a proposta de pauta das entidades.
Reivindicações
A pauta dos vigilantes contém 106 itens, entre reivindicações econômicas e sociais (veja no quadro ao lado). “Como sempre, a Campanha Salarial deste ano não será fácil, pois o objetivo da patronal é impor a todo custo sua própria pauta, o que não nos interessa, porque traz muitas perdas para a categoria. Por isso, reforçamos a importância e necessidade de os trabalhadores se mobilizarem e se unirem junto a seus sindicatos para encararmos de frente mais essa luta pela renovação da Convenção Coletiva, reajuste salarial e melhoria dos benefícios, até a vitória”, disse o presidente do Sindicato, Edilson Silva.
Para ficar informado sobre a Campanha Salarial, acompanhe o Programa Voz do Vigilante MG, toda terça-feira, às 19h, pelo site (www.ovigilante.org.br) e das páginas do Sindicato no Facebook e YouTube.
Fonte: Imprensa do Sindicato.