O Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais denunciou a Souza Lima Vigilância Patrimonial à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais e solicitou uma fiscalização na empresa.
Tal medida foi tomada no último dia 24 de janeiro, após a diretoria da entidade esgotar todas as possibilidades de diálogo com a empresa, a fim de que fossem sanadas uma série de irregularidades que vêm sendo praticadas por ela.
Há meses, a Souza Lima vem desrespeitando a legislação trabalhista e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Em negociações com a empresa, o Sindicato conseguiu fazer com que algumas demandas fossem resolvidas. No entanto, outros problemas continuam sem solução.
Dentre as demandas pendentes, estão os lançamentos dos pagamentos do total de horas extras nos contracheques dos empregados, que não vêm sendo feitos pela empresa. Conforme informações obtidas pelo Sindicato, a Souza Lima estaria pagando um valor fixo de apenas R$ 110,00 por 12 horas extras, causando um prejuízo de mais de R$ 70,00 aos trabalhadores a cada plantão extra. Atualmente, o valor da hora extra dos vigilantes é de R$ 15,52.
Além do prejuízo financeiro imediato, essa diferença reflete no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), nas férias e no 13º salário. Não bastasse, ao fazer horas extras, o trabalhador é submetido a uma jornada de trabalho estressante, diante do acúmulo das horas do plantão normal e do tempo extraordinário.
Mas os prejuízos não param por aí. A Souza Lima também não estaria fornecendo o vale-transporte e nem o tíquete alimentação aos trabalhadores que ficam à disposição da empresa fazendo horas extras.
Além de denunciar a empresa à SRTE-MG, o Sindicato já estuda adotar medidas mais drásticas contra a Souza Lima para fazer valer os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, inclusive judiciais, se necessário.
Fonte: Imprensa do Sindicato.
